quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Nada se perde... tudo se transforma

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Milton Nascimento encerrou a noite de festival em Três Pontas




Adoração. É por aí a relação do público do Festival Música do Mundo com Milton Nascimento, obviamente o nome mais esperado da noite. O cantor encerrou o festival, que foi até domingo, sem perder tantos fãs para o sono e o cansaço. Em um show memorável pela competência musical e pelo carinho com que o tratam, Bituca, como é chamado na cidade, desfiou sucessos, interagiu com seus conterrâneos com mineirices e histórias de sua história na cidade. No meio do show, relembrou a origem e chamou para o palco seu amigo de infância e parceiro Wagner Tiso.
Milton abriu o show com "Paula e Bebeto", como se abrisse a porta da casa, uma chegança - a letra foi feita para amigos que viviam em Três Pontas. E continuou com hits como "Vera Cruz", "Caçador de Mim" sempre esbanjando seus falsetes naqueles agudos que são sua marca. Mostrou música dedicada à mãe, apenas instrumental já que, lembrou ele, não haveria palavras para defini-la. Isso, enquanto enchia os ouvidos de melodias jazzísticas em boa parte do tempo e seus versos de amor e amizade, que fazia o público balançar com mãos para o alto e a todo pulmão - Milton retribuiu perguntando para os músicos da banda se "existe coro mais bonito que este?"



Palco



Quando entornou "Encontros e Despedidas", um fã mais afoito conseguiu subir ao palco. Sem ameaçar o show nem se aproximar do cantor, por poucos segundos tentou ser o animador da plateia balançando os braços e cantando junto, até chegar um segurança.
Com Wagner Tiso, Milton tocou "Coração de Estudante", cantada em coro pela plateia. Mas o show era dele, batizado pela Lua Minguante, que já ia alto no céu - o show terminou pouco antes de 4 horas.



Amor, amor



Coro é o que não faltou, por vezes, pura demonstração de carinho, como quando gritavam "Bituca, Bituca, Bituca", o apelido de Milton na cidade onde viveu desde 1 ano e meio de idade e até galgar o sucesso. Dedicou música aos amigos da cidade e reproduziu mineirices por brincadeira, como dizer "espetacular" e outras expressões típicas.
A relação de carinho, por fim, acabou escancarada por uma fã e rendeu um momento de riso geral quando, aproveitando um "silêncio" entre uma música e outra, ela gritou "Eu te aaaaaamo!", ao que Milton respondeu "Que bom". Aproveitando as brechas, a mesma fã repetiria a declaração outra vezes - ao ponto de alguém gritar de volta "Já sabemos!".O compositor terminou o show com "Maria, Maria" e, claro, "Travessia", novamente seguido em coro, sílaba a sílaba, braços levantados e gritos pela plateia. Milton mostrou sua alma mineira e a musical que já não tem fronteiras - aquela coisa de local e universal. Está aí as muitas pontas de uma estrela.